Setembro | 2012
Quando falamos de meios ativos (recursos eletrônicos), chamamos a atenção para o fato de sua gestão seguir o mesmo princípio do ciclo PDCA: Plan – planejar, Do – executar, Check – controlar e Action – ação. Na fase P identificam-se os tipos de eventos que a empresa está exposta e quais os fatores potencializadores de concretização: diagnóstico macro (meios ativos, passivos, organizacionais e recursos humanos com foco na segurança, ambientes externo e interno), análise de risco, probabilidades, impactos e formas de tratamento e alinhar esta leitura com a estratégia da empresa, resultando nas diretrizes focadas na área de segurança e como as metas gerais serão alcançadas norteadas por estas ações.
A fase D é a prática, especificamente em relação aos recursos eletrônicos (adquirir, instalar e mudar). No plano de segurança preventivo, dois pontos são importantes: planejamento técnico e tático. O primeiro servirá de guia para a aquisição dos recursos, pois estabelece as especificações; o segundo define a utilização e localização dos recursos eletrônicos adquiridos e existentes. Acompanhamos e avaliamos o alcance das metas na fase C, e verificam-se os recursos estão cumprindo os seus objetivos. Para isso, dois pontos são importantes: indicadores de desempenho e plano de manutenção. A definição dos indicadores é essencial para comprovar a eficiência e eficácia destes recursos; o plano de manutenção deve contemplar as manutenções preventivas e corretivas. Este plano é essencial para que os recursos desempenhem suas funções no sistema de segurança.
Na fase A, a última, precisamos verificar se as metas foram alcançadas. Os indicadores ajudarão neste processo.
Apesar de tudo, segurança é o sistema. O sistema preventivo é composto de vários subsistemas: barreira física, comunicação, iluminação, controle de acesso, controle de chaves, recursos humanos, CFTV, alarme, informação e meios organizacionais. Todos estes subsistemas são importantes para o alcance das metas. Na gestão dos recursos eletrônicos, além das especificações e das definições táticas, outros pontos importantes são: infraestrutura, qualificação da equipe técnica e instalação. A infraestrutura tem que ser muito bem definida e implementada, pois tanto no subsistema de CFTV como no subsistema de alarme o meio de comunicação entre câmeras e gerenciadores e entre sensores e central de alarme é elemento fundamental para o rendimento dos citados subsistemas. Como em muitas empresas estes recursos serão implementados após a construção da edificação, a preocupação com a infraestrutura é potencializada.
Os gestores da área de segurança precisam mais do que nunca entender que gestão é feita com base em controles e para controlarmos é essencial o estabelecimento de indicadores de desempenho. Por isso a qualificação da equipe de instalação também é muito importante, pois o investimento nos equipamentos pode ser questionado em virtude dos subsistemas anteriores não estarem cumprindo com os seus objetivos, basicamente porque a instalação não foi criteriosa. E esta aparente falta de critério pode estar camuflando a falta de qualificação da equipe. Criar e acompanhar indicadores não são fáceis, mas a tarefa é possível.
Adaptação do texto de Nino Ricardo Meireles - Consultor de Segurança Empresarial